Como aumentar seus ganhos sem quebrar regras?

Publicado em 9 de abril de 2019 


É interessante como boa parte das pessoas estão sempre buscando ganhar cada vez mais e trabalhar cada vez menos. E isso é possível? Sim, é possível. Mas, para conseguirmos esse feito, temos dois caminhos a seguir, apenas simplificando: Podemos passar a vida toda procurando por fórmulas milagrosas, talvez encontremos e talvez nunca encontremos; ou podemos pesquisar, estudar e aplicar métodos já testados por grandes estudiosos da história; ou ainda podemos estudar e desenvolver nossos próprios métodos que nos ajudem a alcançar nossos objetivos de forma íntegra e sem quebrar regras ou leis.

No ambiente de trabalho somos instigados todos os dias a produzir cada vez mais, no menor espaço de tempo possível. Temos metas a cumprir, tarefas a executar e objetivos a alcançar. Os recursos que temos são limitados, as tarefas são cada vez mais desafiadoras, as decisões são tomadas cada vez mais rápido e ficam mais suscetíveis a erros.

Mas é possível otimizar esses recursos, executar as tarefas com rapidez, sem descuidar da segurança, enfim, podemos produzir resultados cada vez melhores usando a nossa inteligência e as próprias ferramentas que dispomos de forma otimizada.

O mundo atual exige cada vez mais de nós e, ao contrário do que desejamos, temos trabalhado cada vez mais e ganhado cada vez menos. O mercado dita as regras, a lei da oferta e da procura prevalece, sobretudo em momentos de crise.

Voltando o foco para o Comprador, seus desafios são inúmeros. Enfrentar a pressão das áreas demandantes, principalmente quando alguma coisa foge do controle dentro da empresa, onde a dificuldade de trabalhar com equipe reduzida, tendo que fazer sozinho o trabalho de duas ou mais pessoas, além da ausência de perspectivas quanto ao seu futuro, podem levar alguns compradores menos preparados psicologicamente para enfrentar essas pressões do seu dia a dia e a tomar decisões erradas que podem ser cruciais e decisivas para seu futuro, tanto pessoal quanto profissional.

Alguns compradores, acabam seguindo atalhos sinistros para chegar mais rápido a seus objetivos e esses atalhos podem levar a caminhos perigosos e sem volta que, no início, pode até parecer que estão fazendo boas escolhas para a sua vida e até fazê-los se sentirem mais poderosos, onipotentes, mas, o final desse caminho tende a ser desastroso, melancólico e autodestrutivo.

Em qualquer profissão é possível ganhar mais, de maneira íntegra, sem jeitinhos ou maracutaias. Mas, infelizmente, não basta ter autocontrole para não se corromper, é necessário acima de tudo que o indivíduo tenha caráter, integridade e resiliência, como valores primordiais em sua vida e, independentemente de sua profissão, com esses valores bem enraizados, dificilmente o indivíduo cairá em tentação.

Infelizmente, nem todas as pessoas conseguem desenvolver esses valores ao longo de sua existência, os profissionais com desvios de conduta existem justamente por que em algum momento de sua vida esses valores foram se perdendo ou sequer foram construídos durante a sua infância.

Alguns historiadores e estudiosos dizem que a corrupção no Brasil é cultural e que a existência de pessoas que se utilizam da sua posição na sociedade para obter vantagens pessoais tem uma explicação histórica.

Aqui no Brasil esse tipo de comportamento vem sendo praticado, sobretudo por membros da elite política desde a época da colonização, através da prática do Patrimonialismo, que é a ausência de distinção entre o público e o privado, ou seja, é uma prática em que o líder político utiliza o seu cargo (público) para satisfazer suas necessidades pessoais (privadas).

Com o passar dos anos, esse modelo ganhou força no meio empresarial, onde o Patrimonialismo Corporativo foi caracterizado por meio de determinados grupos empresariais que passaram a trocar vantagens com o poder público, em transações milionárias onde ambos se beneficiavam, tanto os políticos e quanto os empresários corruptos.

Há ainda os casos de corrupção entre empresas privadas e, neste setor, destacam-se os crimes econômicos onde, lamentavelmente, boa parte deles é cometida por compradores.

Em 19/02/2014, foi publicada uma matéria no jornal Estadão, pela jornalista Carla Araújo, sob o título “Crime econômico atingiu 27% das empresas em 2 anos, aponta pesquisa“.

Essa pesquisa foi feita pela consultoria PwC Brasil e um dado alarmante apontado é que 44% dos crimes econômicos ocorreram na área de compras das empresas (vide matéria). Segundo Leonardo Lopes, Sócio Líder da PwC Brasil e especialista em Compliance (cumprimento de leis e regulamentos), “Esse tipo de crime está muito ligado à seleção de fornecedores e ocorre quando se dá preferência a determinada empresa de forma fraudulenta”, explicou.

A falta de controle e a impunidade fez com que essa prática se tornasse comum nas transações comerciais entre empresas e governo, e logo se alastrou também nas relações entre as empresas privadas.

Contudo, a sociedade vem evoluindo, se indignando e rechaçando cada vez mais esse tipo de comportamento. Grandes empresas têm adotado normas de Compliance, através de Códigos de Ética e Conduta que devem ser seguidas por seus empregados, buscando a integridade e lisura em seus processos internos.

Todos os funcionários dessas empresas devem ser conhecedores dessas regras e o descumprimento delas, normalmente podem levá-los a ser advertidos verbalmente ou por escrito e, dependendo do caso, serem suspensos, presos ou desligados do quadro de funcionários.

Com inteligência e criatividade podemos transformar nossos desafios em oportunidades, sem desvios de conduta. Mas como isso é possível? Eu acredito que quatro ferramentas fundamentais resumem a maneira mais eficaz de obter ganhos maiores de forma íntegra e digna, são elas: o método, o comprometimento, a motivação e a ação.

Desenvolver um Método de trabalho nos ajuda a organizar nossas atividades e fazer com que tenhamos foco naquilo que é realmente importante. Tudo que é feito com o Método adequado e devidamente testado produz resultados, e os ganhos obtidos podem ser melhores à medida que essas ferramentas são bem entendidas e aplicadas nas nossas rotinas.

Por exemplo: O principal objetivo da área de Compras, resumidamente, é comprar o melhor produto ou serviço pelo menor custo possível. Um dos métodos mais conhecidos para atingir esse objetivo são os 7 (sete) passos do processo de Strategic Sourcing, desenvolvido pela consultoria At Kearney, no final da década de 90, que já foi bastante testado ao longo dos anos e até os dias atuais ainda é aplicado em muitas empresas.

O Comprometimento, por sua vez, é o combustível necessário para que o método possa ser convertido em resultado. Sem Comprometimento não há disciplina e sem disciplina não há regularidade e sem regularidade os objetivos se tornam cada vez mais distantes e difíceis de serem alcançados.

E, para evitar a falta de comprometimento, precisamos de mais uma ferramenta, a Motivação, que nada mais é do que o motivo para a ação. A Motivação deve ser alimentada constantemente, pois, ela auxilia nosso cérebro a manter o foco no que precisa ser feito para alcançar nosso objetivo ou nossas metas.

Já a Ação é o veículo que nos impulsiona a alcançar nossos objetivos, mas, para isso, a ação deve estar sempre abastecida com comprometimento e motivação. Ou seja, no final das contas, essas quatro ferramentas precisam trabalhar sempre juntas para aumentar as chances dos objetivos serem alcançados com sucesso. Sem qualquer uma dessas ferramentas será mais difícil alcançar os resultados desejados.

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CONHEÇA O MARCELO DANTAS
João da Silva
Marcelo é casado com Ana Lúcia e é pai de duas filhas. Bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Católica do Salvador (UCSal), também fez MBA em Finanças Corporativas pela Universidade Salvador (UNIFACS). Já trabalhou em grandes multinacionais, sobretudo em Indústrias do setor Químico e Petroquímico, como: Braskem, Cristal e Unigel.

Criou em 2015 um método de maximização de savings em processos estratégicos de Terceirização de Serviços (Outsourcing), baseado na aplicação da metodologia Strategic Sourcing juntamente com Técnicas de Negociação, que permitiu gerar uma economia média anualizada de R$ 208 Mil ou um saving médio de 10,69%, para cada BID Estratégico realizado.
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