Dentro da cadeia está inserido o Setor de Suprimentos que é responsável por manter o abastecimento, desde a indústria até a revenda, através da aquisição de materiais, equipamentos, peças e sobressalentes. Também tem os serviços que têm o objetivo de manter toda a cadeia produtiva em pleno funcionamento.
Assim como cada peça tem o seu papel nas engrenagens da indústria, cada serviço tem o seu papel para manter essas engrenagens funcionando. E assim como algumas peças podem ser produzidas por diversos fabricantes, atendendo à especificações técnicas padronizadas para garantir a conformidade e eficiência operacional, os serviços também devem ser executados seguindo parâmetros técnicos pré-definidos ou ajustáveis a cada situação específica.
Os materiais podem ser aperfeiçoados para melhorar a eficiência produtiva e aumentar o intervalo de tempo entre as intervenções de manutenção. Os processos, por sua vez, podem ser melhor planejados para garantir a máxima eficiência da produção.
Uma das grandes preocupações das empresas é garantir o abastecimento adequado dos materiais, peças, sobressalentes e equipamentos necessários para a continuidade operacional. Para isso, investem em sistemas de gestão de materiais para controlar seus estoques, pontos de ressuprimento, tempo de entrega, custos entre outros parâmetros importantes para que a produção tenha máxima eficiência e performance com o menor custo possível.
Contudo, boa parte desses Sistemas de Gestão, mais conhecidos como ERP’s foram concebidos visualizando o processo de Suprimentos mais ajustado para a aquisição e controle de materiais. E mesmo quando um ou outro ERP oferece um módulo que permite a parametrização dos processos de serviços, é muito raro vê-lo devidamente implantado, parametrizado adequadamente ou configurado de forma plena para atender às demandas de serviços.
Entre 2005 a 2007 tive a oportunidade de trabalhar na Implantação do novo ERP (SAP/R3) que substituiria todos os demais Sistemas que existiam oriundos das empresas que deram origem à Braskem: COPENE, OPP, Trikem, Nitrocarbono, Polialden e Proppet. A COPENE utilizava o Datasul-EMS; Polialden, o ADN; Nitrocarbono, o Magnus; OPP/Trikem, o BaaN/TRITON.
Dessas empresas, a COPENE era a única que tinha um setor específico para Contratação de Serviços dentro da área de Suprimentos. Este setor também migrou para a Braskem e, com a decisão de implementar o novo ERP, fui escolhido pela minha gerência para ser o usuário-chave responsável por traduzir o processo de Contratação de Serviços da antiga COPENE, que na época era gerenciado por um sistema caseiro chamado SAC (Sistema de Administração de Contratos), para o novo ERP SAP/R3.
O SAP/R3 tem um módulo que pode ser perfeitamente ajustado para a área de Serviços e que até então era muito pouco explorado pelas empresas que optaram por esta versão do sistema.
Quando a Braskem foi criada, as diversas áreas das empresas incorporadas passaram por um processo de reestruturação visando a consolidação do novo modelo estratégico da empresa, que já vinha sendo construído desde o ano 2000 na antiga COPENE, com a consultoria da empresa AT Kearney que teve participação fundamental para implantar a metodologia do Strategic Sourcing.
Pode-se dizer que área de Contratação de Serviços da Braskem foi herdada da estrutura da antiga COPENE e ainda é considerada uma área estratégica dentro da estrutura de Suprimentos da empresa.
Infelizmente, ainda é comum ver empresas no mercado que não dão a devida importância à área de Contratação de Serviços como uma área estratégica.
Existem diversos tipos de serviços que são tão importantes na Cadeia de Suprimentos quanto a aquisição de materiais, por exemplo. Um serviço bem contratado pode contribuir de verdade para a redução do custo total da empresa e, consequentemente, para o aumento da sua receita líquida.
Apesar dos diversos serviços não aparecerem no fluxo normal da Cadeia de Suprimentos, eles estão intrínsecos em cada etapa do processo, conforme ilustrado abaixo: